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O projeto do Porto Central está sendo desenvolvido pela empresa “Porto Central Complexo Industrial Portuário S.A.”, cuja acionista é a empresa TPK Logística S.A.
O Porto Central, como um porto multipropósito, viabilizará o acesso dos mais variados tipos de navios, de Panamax a Valemax, através de um canal de acesso principal e um conjunto de canais internos, estruturados com os maiores padrões de segurança e eficiência. Para tanto, o Porto Central em parceria com a Universidade de São Paulo (TPN-USP), renomada escola politécnica, sob a supervisão dos práticos do Espírito Santo e da Marinha do Brasil, realizou várias simulações marítimas em tempo real considerando diferentes condições ambientais de vento, ondas e correntes.
Também participaram das simulações, os operadores de rebocadores locais a fim de dar uma abordagem mais realista com relação à assistência do rebocador, bem como especialistas marítimos do Porto de Roterdã. Vários layouts do porto foram testados e otimizados, tendo sido considerados os seguintes navios:
O Porto Central conta com uma ampla rede de acessos às principais malhas rodoviárias do país. Por meio de rodovias estaduais do Espírito Santo (ES-060, ES-162 e, futuramente, ES-297), se conecta às rodovias federais BR-101, provendo acesso ao norte e sul do país, e a BR-262, provendo acesso ao leste e oeste do país.
De acordo com o Termo de Compromisso de Adequação Rodoviária, assinado pelo Governo do Estado do Espírito Santo e a Prefeitura de Presidente Kennedy, a logística ficará ainda mais eficiente, pois serão realizadas melhorias nas três estradas estaduais que dão acesso ao porto, de forma que estejam concluídas até o início das operações do porto.
Existem dois grandes projetos ferroviários planejados pelo Governo Federal que levarão acesso ferroviário até as instalações do complexo portuário: EF-118 e EF-352.
A nova ferrovia EF-118, com 572 quilômetros de extensão, faz parte do Programa de Infraestrutura e Logística do Governo Federal e conectará a capital do Espírito Santo, Vitória, à capital do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Essa ligação ferroviária será vinculada aos sistemas já existentes:
Ao norte, com a Estrada de Ferro Vitória a Minas (Vale), no trecho que liga a capital Belo Horizonte (MG) até a capital Vitória (ES), e a ferrovia FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), do Estado de Goiás a Minas Gerais;
Ao sul, com a Companhia MRS Logística, e vários terminais portuários na costa do Espírito Santo e do Rio de Janeiro, entre eles os Portos de Tubarão e Vitória, Ubu, Porto do Açu e Porto do Rio de Janeiro, além do Porto Central.
O traçado da EF-118 chegará em frente ao portão principal do Porto Central, interligando com ramais ferroviários dentro do complexo chegando na maioria dos terminais e indústrias.
A Macro Development, uma desenvolvedora de soluções empresariais com foco no fomento de projetos industriais, energéticos, logísticos e imobiliários, foi autorizada em dezembro de 2021 pelo Ministério de Infraestrutura para desenvolver a futura ferrovia EF-352, que interligará os Municípios de Presidente Kennedy (ES), a Conceição de Mato Dentro e Sete Lagoas (MG, e a Anápolis (GO).
A extensão do primeiro trecho da ferrovia de Presidente Kennedy (ES) à Conceição de Mato Dentro (MG) e a região de Sete Lagoas (MG) será de 610 km. Para o segundo trecho de Sete Lagoas (MG) a Anápolis (GO) será de 716 km.
A nova ferrovia proporcionará uma conexão direta do Porto Central à Região Centro-Oeste do país, atravessando importantes regiões minerais e agrícolas do país, bem como estará conectada à ferrovia EF-118.
As futuras ferrovias oferecerão uma nova alternativa logística econômica e competitiva para a exportação e importação de cargas, até mesmo para longas distâncias, tais como granéis líquidos, minério de ferro, grãos, fertilizantes, cargas gerais, contêineres e outras commodities.
Adicional ao desenvolvimento do acesso marítimo, ferroviário e rodoviário, o Porto Central também está coordenando uma rede de dutos para oferecer mais uma solução de transporte seguro, eficiente e sustentável de cargas.
Foi reservado um espaço dentro do complexo para garantir um local protegido para a instalação de corredores de dutos de produtos para granéis líquidos e gás natural, bem como para corredores de dutos de utilidades.
O Porto Central servirá como um importante centro de recebimento e distribuição de gás natural para a região e hinterlândia do porto e pode ser facilmente conectado à malha existente de gasoduto da rede nacional sudeste-nordeste – GASCAV/GASENE, que liga o Terminal Cabiúnas em Macaé (RJ) à Estação Terminal Intermodal Serra em Vitória (ES), com uma extensão total de 303 km. O limite oeste do porto está a apenas 10 km de distância desta malha.
Uma das vantagens competitivas do Porto Central é também sua localização estratégica, próxima aos campos offshore de produção de petróleo e gás natural. Para isso, um novo gasoduto marítimo pode ser desenvolvido para o escoamento deste gás associado para ser tratado e comercializado através da infraestrutura disponível no Porto Central.
Vale ressaltar que, estudos técnicos da Empresa de Pesquisa Energética – EPE do Ministério de Minas e Energia já apontaram o Porto Central como uma das possíveis localizações para receber uma nova rota offshore (chamado de Rota 6), assim como um novo duto com extensão de 332 km, partindo da interligação no GASCAV – Porto Central, seguindo até o duto da GASBEL em Minas Gerais.
Este modal facilitará o transporte, abastecimento e expedição de granéis líquidos, como petróleo, produtos derivados, bunker (combustível marítimo), combustíveis verdes, bem como a comercialização de gás liquefeito importado e nacional mais competitivo para os consumidores locais, especialmente situados no Espírito Santo e Minas Gerais, que são estados que concentram grandes indústrias (produção de aço, cimento, plantas, plantas de celulose, processamento de alimentos, termelétricas, entre outros).